sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aditivo de titânio em óleos lubrificantes acaba com danos ao catalisador



Cientistas ajustam amostras do aditivo de titânio no interior do equipamento de última geração utilizado para detectar o composto formado no interior do motor.
[Imagem: NIST]
O titânio é um dos mais versáteis metais que existem, com aplicações que vão desde a fabricação de foguetes e aviões até a construção de músculos artificiais e implantes ósseos.

Agora, cientistas descobriram que um composto de titânio também poderá tornar os lubrificantes para motores de automóveis mais ambientalmente corretos e mais eficientes.
Aditivo para óleos de alto desempenho

O aditivo de titânio, quando adicionado ao óleo lubrificante do motor, forma uma camada em nanoescala, resistente ao desgaste, que adere à superfície das partes mais sensíveis do motor, tornando-o um substituto perfeito para os aditivos químicos utilizados até agora, mas que não coexistem bem com os mais modernos equipamentos antipoluição. Há anos o aditivo antidesgaste mais utilizado nos óleos de alto desempenho para motores têm sido os compostos à base de fósforo, particularmente o ZDDP (Zinc DialkylDithioPhosphate: dialquilditiofosfato de zinco). O ZDDP forma uma película de polifosfato sobre as peças do motor, reduzindo o desgaste.

Aditivo danifica o catalisador

Infelizmente, o fósforo é um elemento químico que é um verdadeiro veneno para os conversores catalíticos dos automóveis, contaminando o catalisador e reduzindo sua eficiência e sua vida útil. Por isto, a indústria vem há anos procurando por alternativas. Mas substituir o ZDDP não é uma tarefa tão simples, porque um aditivo tem inúmeras funções úteis além de aumentar a resistência ao desgaste. Os modernos óleos lubrificantes são na verdade uma mistura de grande complexidade, contendo 20% ou mais de diversos aditivos especiais para melhorar propriedades como a viscosidade, a estabilidade química e física do óleo, e evitar a formação de sedimentos no interior do motor.

Aditivo de titânio

Agora o titânio se mostrou ser uma alternativa à altura, sugerindo que a indústria de óleos poderá passar a usar menos ZDDP. Utilizando raios X de baixa energia, os pesquisadores descobriram que o titânio liga-se quimicamente à estrutura metálica das peças do motor, formando uma finíssima película de titanato de ferro, um óxido de altíssima dureza que protege essas peças.
Até então os cientistas não sabiam se o aditivo de titânio simplesmente ficava sobre a peça, o que não garantia um rendimento adequado. Agora que conhecem com detalhes o composto químico formado, e que ele fica ligado quimicamente à superfície das peças dos motores, os cientistas passarão a avaliar a influência da substituição do ZDDP pelo aditivo de titânio em diversas proporções.

FONTE:  Inovação Tecnológica